Estudantes ocupam a reitoria da UnB
Na tarde do dia 3 de abril de 2008, cerca de 200 estudantes, professores/as e funcionarias/os ocuparam a reitoria da Universidade de Brasília (UnB). A mobilização tem como pautas principais a saída imediata do Reitor (Thimothy Mulholland), de seu vice (Edgar Mamiya), do conselho diretor da reitoria e das diretorias da Fundação Universidade de Brasília (FUB), da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (FINATEC), da FUNSAUDE e de todas as fundações envolvidas em processos de corrupção, extendendo-se a discussão da função das fundações na Universidades públicas. O movimento exige também a convocação de eleições diretas paritárias ou em voto universal.
As atividades do dia iniciaram-se com uma assembléia estudantil seguida de um ato que passou por toda a universidade ampliando a mobilização. Após a ocupação, a Reitoria ordenou que se cortassem a água e a luz do prédio, atitude que remete a estratégias de guerra. Além disso, a segurança impediu a entrade de novas pessoas, proibiu a mídia independente de subir até o andar da ocupação, permitindo apenas a presença da mídia comercial. Após muita pressão dos/das manifestantes, a mídia independente também conseguiu subir até o andar do gabineto do reitor. A idéia do movimento é manter a ocupação até que as pautas sejam atendidas. Um grande grupo de apoiadores/as (cerca de cem pessoas) concentram-se no térreo da reitoria e estão fazendo atividades culturais e políticas de apoio durante toda a noite e pela madrugada. O moviemnto convoca todas as pessoas a participarem das atividades de apoio.
Em janeiro deste ano, surgiram diversas denúncias de corrupção envolvendo a atual gestão da reitoria da UnB, envolvendo desvio de verbas por meio da FINATEC para uso privado do Reitor. O Ministério Publico abriu inquerito e nas investigações descobriu mais irregularidades envolvendo a FUB e a FUNSAUDE. O grupo que está a frente da reitoria desde 1998 já esteve envolvido também em outros escândalos como o do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE), o da Casa do Estudante (CEU) e o da própria eleição da atual gestão. Vale lembrar que desde 1996 após o decreto do Governo FHC, a UnB não tem eleições paritárias para reitor.
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